Estresse Materno Pode Afetar Bebê Ainda no Útero

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A gestação é cercada de grandes mudanças e as futuras mamães precisam ficar atentas para evitar o acúmulo de estresse durante este período. Isso porque, o nervosismo pode ser um inimigo poderoso. É fundamental pegar leve no trabalho, na alimentação e rotina. “Antigamente acreditava-se que o bebê, ainda na barriga, vivia num mundo isolado, sem barulho e sem interferência do ambiente fora do útero da mãe. Mas, depois de estudos e imagens de ultrassom, podemos observar o feto e saber que ele sente, ouve e se movimenta, por exemplo. O diálogo entre a mãe e o bebê começa muito antes dele nascer, por isso é fundamental a mulher ter uma gestação tranquila”, orienta a psicóloga da linha de cuidados mãe-bebê, do Hospital Nossa Senhora de Conceição (RS), Eliana Bernner.

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Fusões Bancárias e Adoecimento de Funcionários

A categoria bancária é uma das que mais adoece no país e os transtornos mentais estão entre os mais frequentes motivos. Quando o funcionário não é a vítima, o colega ao lado pode ser, e a falta de apoio é um dos principais agravadores da situação. Para a psicóloga Renata Paparelli, professora e supervisora de estágios de Saúde do Trabalhador do curso de Psicologia da PUC-SP, esse adoecimento é causado por conta do assédio organizacional. “São práticas de gestão voltadas para a produtividade que abrem espaço para o assédio moral. É uma espécie de afrouxamento dos valores éticos da empresa e isso se materializa muito na questão das metas abusivas.” A profissional aponta que o bancário que adoece é rechaçado porque ele “é uma denúncia viva do que acontece dentro desse modelo organizacional”.

tira-burnout21Metas, fusões e adoecimento – A psicóloga Renata Paparelli, que também coordena os Encontros de Saúde dos Bancários na sede do Sindicato, salienta que os trabalhadores adoecem, em sua maioria, por conta de processos de fusão entre bancos ou por conta de pressão por metas. “As fusões intensificam essa guerra de ‘todos contra todos’, individualizam os problemas e destacam a competitividade exacerbada”, explica a psicóloga. “No entanto, enquanto nas instituições privadas os bancários são obrigados a atingir metas cada vez maiores, nos bancos públicos eles são pressionados e ameaçados a perder comissões e cargos.”

Trechos de “Doença mental é drama na rotina dos bancários” (do SP Bancários).

Leia nossa Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte I , onde entrevistamos uma bancária afastada de seu trabalho por estresse extremo.

Como as Plantas Podem Ajudar na Ansiedade

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Quando sentem dor de cabeça, cólica ou dores musculares, a maioria das pessoas procura alívio nos remédios. Para cada tipo de dor uma solução, em forma de pílula. Mas existe uma opção mais natural e saudável de tratar os males do nosso corpo. Com plantas e ervas é possível ter uma pequena farmácia no quintal de casa.

O poder das plantas e ervas é conhecido há centenas de anos, mas a maioria das pessoas ainda não tem o costume de utilizar as ervas medicinais ao invés de remédios. Elas podem ajudar a amenizar as dores em geral, o cansaço, combater a insônia e até mesmo a temida TPM.

Um chá de erva Mil Folhas (Achilea Millefolium) com Erva Cidreira (Melissa Officinallis) serve para dores musculares e TPM. Já mastigar Sálvia ajuda contra dor de garganta e início de resfriado. Para a enxaqueca, os especialistas indicam Boldo e a Erva Cidreira. Além disso, o Boldo também é ótimo para a má digestão.

Para ter sempre a mão todas as ervas e manter a saúde em dia, uma dica é plantar um canteiro. Basta escolher um local que receba sol durante a manhã ou à tarde, usar terra preta própria para o plantio, escolher as ervas que mais agradam e regar sempre que for necessário. Além desses benefícios, o contato com a natureza e as plantas é uma excelente opção para lidar com o stress.

fonte: isma-br

Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte I

A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico ligado ao estresse crônico e prolongado e a exaustão total. É um termo inglês que pode ser traduzido como “queimar por inteiro”, e é causado por um esgotamento físico, mental e emocional ligado ao mundo do trabalho.

Para entendermos este distúrbio, preparamos uma entrevista com M, que sofre com a síndrome.

Ela é bancária, tem 28 anos e está afastada de seu trabalho.

 

Redação: Boa tarde, M. Obrigado pela entrevista. Você pode começar falando do seu trabalho.

M: Boa tarde. Trabalho no banco B. Mas estou afastada.

Comecei a trabalhar no banco A, depois houve a fusão com o banco B.

E foi um momento de pressão total.

O banco A tinha uma cultura de pessoas. O banco B é venda e venda.

Redação: Visões realmente opostas.

M: Totalmente. Esse impacto acabou desencadeando coisas que estava sentindo e não sabia identificar, e só foi acumulando.

Horário de trabalho não existia. Vendia sob pressão o tempo todo. Isso foi me levando a um acúmulo de estresse absoluto, mas até então achava que isso era normal.

Que o cansaço e a exaustão eram por causa das novas funções.

Redação: Qual foi a gota d´água?

M: Eu não tinha paciência com ninguém e nem com nada, mas achei que era apenas o meu jeito. Então teve um dia que eu simplesmente não consegui sair da cama.

Antes disso, quando ia trabalhar, sentia dor de estômago, dores de cabeça, começava a suar, tremer ao chegar lá, me sentia muito mal. Comecei a ter problemas na coluna, chegava no banco e a coluna travava. Era impressionante. Começou a me afetar tanto físico quanto psicologicamente.
Teve um dia que simplesmente não consegui levantar da cama. Não quis saber de nada e de ninguém e só não quis levantar.

Redação: Foi a fusão que causou isso, ou você já estava em estado de estresse há um tempo?

M: Já vinha. Não foi uma coisa que aconteceu de repente. É um acúmulo de coisas.

Você deixa de cuidar de você. Tinham as happy hours, e as coisas perdiam o sentido. Bebíamos pra nos acalmar, pra esquecer. Era uma fuga.

Redação: Quanto tempo depois da fusão você chegou em burnout?

M: creio que um ano depois, mais ou menos. Achei que o estresse fosse por conta da mudança, não achei que fosse nada mais grave, e já estava bastante estressada na época. E é engraçado, vi vários colegas adoecerem e achava até que era corpo mole. Nunca me imaginei no outro lado.

 

Abordaremos em seguida os sintomas, e as implicações causadas pela síndrome, na segunda parte da entrevista.

 

  • Por Felipe Gonçalvez, com consultoria da Dra. Deborah Duwe.

Bactérias que Causam Sintomas da Depressão

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Populações de bactérias vivem naturalmente em nosso intestino – elas formam o que conhecemos popularmente como flora intestinal. Ajudam a digerir alimentos e a controlar, por competição, a proliferação de outros micro-organismos que podem causar doenças. Elas ficam restritas ao intestino graças a uma parede impermeável de células que impede que escapem e caiam na corrente sanguínea.

Há situações, porém, em que essa camada celular sofre desgaste (veja quadro ao lado) e substâncias tóxicas e bactérias vazam para o sangue. Estudos recentes apontam relações entre esse desequilíbrio e alterações no humor. Em um deles, publicado no Acta Psychiatrica Scandinavica, pesquisadores analisaram amostras de sangue de pessoas com depressão e observaram que 35% delas apresentavam sinais de bactérias da flora fora do intestino, o que os cientistas chamam de leaky gut (intestino “mal vedado”).

Ainda não está clara a relação entre a fuga desses micróbios de órgãos do sistema digestivo e o surgimento de sintomas depressivos. Uma hipótese é que o organismo detecta essas bactérias fora do local onde deveriam estar e desencadeia respostas autoimunes e inflamações, que “são reconhecidamente fatores que afetam o humor e a disposição física e podem desencadear episódios de depressão, conforme já demonstrado por estudos anteriores”, diz o psiquiatra Michael Maes, autor do artigo.

Atualmente, o tratamento para regenerar a parede de células que reveste o intestino envolve, além de mudanças na dieta e busca por hábitosmais saudáveis, administração de glutamina, N-acetilcisteína e zinco – ao qual são atribuídas propriedades anti-inflamatórias.

Causas de intestino “mal vedado”

-Uso frequente de analgésicos       -Hipersensibilidade ao glúten
-Antibióticos       -Alergias severas a determinados alimentos
-Infeccções, como HIV       -Terapia de radiação
-Doenças autoimunes       -Doenças inflamatórias em geral
-Abuso do álcool       -Estresse
-Doenças inflamatórias do intestino       -Exaustão

fonte: uol

Brasileiro é o Profissional mais Estressado do Mundo

O brasileiro é o profissional mais estressado do mundo, segundo pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Robert Half. O motivo principal é o excesso da carga de trabalho.

A pressão por resultados, o excesso de trabalho e a falta de reconhecimento são fatores que tornam os profissionais brasileiros os mais estressados do mundo. A pesquisa foi feita em 13 países com diretores de grandes empresas.

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No Brasil, 42% dos entrevistados afirmaram que os funcionários enfrentam estresse e ansiedade, número muito acima da média mundial, que é de 11%. Os dados do Ministério da Previdência confirmam o problema: desde 2010 houve um aumento de 41,9% no número de afastamentos causados por estresse grave e dificuldade de adaptação.

“O que no passado era feito por 10,15 trabalhadores, hoje é feito por um, dois ou três. Então, há um aumento da sobrecarga mental, da responsabilidade no ambiente de trabalho e isso também gera adoecimento mental. Isso também agrava as funções psicológicas e mentais do trabalhador”, analisa Marco Antonio Peres, diretor do Departamento de Políticas de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência.

Entre os sintomas causados pelo estresse estão: a fadiga mental, quando a pessoa dorme e acorda cansada, a mudança repentina de humor e a alteração de peso (tem gente que engorda ou emagrece em pouco tempo).

Em Curitiba, uma montadora criou estratégias para diminuir os efeitos da pressão por resultados, como horário flexível, academia de ginástica e aulas de dança para os funcionários.

O investimento da empresa na qualidade de vida dos trabalhadores se reflete diretamente nos resultados da montadora. Como funcionário feliz rende mais e trabalha melhor, na empresa não há afastamentos por estresse. Bom para os dois lados, empresa e empregado.

Fonte: Jornal Hoje.

O Estresse Está ao Seu Redor

Falta de perspectivas, prazos inalcançáveis, ritmo acelerado (ou lento) demais… Para o Dr. Hurrell, o ambiente de trabalho é a fonte da maior parte dos distúrbios relacionados ao estresse

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Por Andreas Müller
No final de junho, o capítulo brasileiro da International Stress Management Association (ISMA-BR), a principal entidade de estudo e combate ao estresse no mundo, promoveu um amplo debate sobre as tendências em gestão de pessoas. Entre os debatedores do 11º Congresso de Stress da ISMA-BR estava o professor Joseph Hurrell, especialista em saúde organizacional pela Universidade de Saint Mary, no Canadá. Hurrell ganhou notoriedade a partir do final dos anos 1980, quando conduziu uma série de pesquisas sobre estresse e saúde pública para o governo americano. Para ele, o estresse é um “mal externo”, um problema que aflora por causa de fatores relacionados ao ambiente de trabalho – que nada têm a ver com a personalidade e com outras características específicas de cada pessoa. Nesta entrevista a AMANHÃ, concedida antes de sua participação no Congresso da ISMA-BR, Hurrell explica como essa abordagem pode ajudar as empresas a combater o estresse de forma mais eficiente – e barata.
Que tipo de pessoa tende a ser mais suscetível ao estresse?
Eu realmente não acredito que exista algum perfil específico que esteja mais sujeito ao estresse. Nos últimos 30, 40 anos, uma ampla corrente de pesquisas tentou mapear as características individuais da personalidade capazes de levar ao estresse. Mas o que se descobriu de lá pra cá é que pessoas com os mais diferentes traços de personalidade podem desenvolver os mesmos distúrbios relacionados ao estresse. Ou seja: não é algo que dependa da pessoa, mas de algo externo a ela.

Saúde.

Há algum tempo, saúde era o estado de não-doença do indivíduo. Mas esse sentido foi ampliado e hoje entendemos que saúde é o estado combinado de bem estar físico, econômico, psíquico e social.

A saúde é influenciada pela nossa genética e pelo nosso organismo, fatores que podem ter relevância até sobre nosso humor e personalidade.

Mas antes de tudo, saúde tem ligação direta com a qualidade de vida das pessoas.

Um dos fatores mais relevantes nesse aspecto é o ambiente onde moramos, trabalhamos, estudamos, nos divertimos, etc. Se nosso habitat natural é saudável, limpo, se nossa alimentação é equilibrada e os alimentos são bem higienizados, praticamos atividades físicas com regularidade, e descansamos o suficiente, temos grandes chances de reduzir o adoecimento e de lidarmos melhor quando ele acontecer.

Atividades físicas reduzem drasticamente as probabilidades de desenvolvermos doenças crônicas, cardíacas, diabetes e pressão arterial alta. Elas ajudam a manter articulações e músculos saudáveis, controlar o peso, reduzir sintomas da depressão e promover o bem estar psicológico, entre tantos outros benefícios. Porém, para colher esses frutos, é preciso regularidade na prática. Exercícios, esportes ou danças devem ser praticados por ao menos uma hora e três vezes durante a semana.

Uma pesquisa da Universidade de Washington aponta que pessoas que se exercitam três ou quatro vezes por semana, apresentam um risco 40% menor de desenvolver Mal de Alzheimer.

Outro estudo, dessa vez da Universidade da Carolina do Norte, aponta que a mesma prática física reduz em 6% o risco de mulheres desenvolverem câncer de mama e entre as praticantes mais ativas, que praticam de dez a dezenove horas de atividades físicas por semana, esse número é reduzido em 30%.

A alimentação é outro fator muito determinante. O consumo excessivo de carne vermelha aumenta drasticamente a probabilidade de câncer no sistema digestivo e, de acordo com a Universidade de Leeds, na Grã Bretanha, aumenta as chances de câncer de mama em mulheres na menopausa. Na contra partida, o consumo regular de alimentos orgânicos, verduras, frutas, legumes, sementes e castanhas, têm impacto direto na prevenção de câncer e do envelhecimento precoce.

Mas há ainda um fator ligado ao ambiente em que vivemos que abrange bem estar social, psíquico, econômico e social e que muitas vezes ignoramos: a qualidade de vida em casa, no lazer, na escola e no trabalho e suas implicações.

Entre os fatores implicativos que anulam a qualidade de vida no trabalho, temos o estresse, que será o assunto do nosso próximo artigo.

texto por Felipe Gonçalvez, consultoria de doutora Deborah Duwe Pastor.