Otimismo beneficia a saúde, diz psicóloga Ana Maria Rossi

O principal é praticar ações preventivas e repensar as prioridades de vida, destaca a presidente da Isma-BR e copresidente na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria

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Pesquisas comprovam: ser otimista reduz o estresse, aumenta a autoconfiança e faz bem à saúde. Pensamentos negativos suprimem a imunidade e nos tornam mais suscetíveis ao adoecimento. Mas fica a questão: como vivenciar principalmente os aspectos positivos da vida num mundo onde a maioria das pessoas está sujeita a um alto e perturbador nível de estresse?

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Entenda o que é hygge e veja 5 jeitos de aderir ao estilo de vida

Conceito nórdico de conforto e bem-estar pode ser aplicado no dia a dia

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Preparar a casa para a chegada da nova estação, reunir os amigos em torno da mesa, ler um livro e tomar um chá contemplando o silêncio. Tudo o que pode trazer conforto e sensação de bem-estar tem um nome ainda sem tradução para o português: hygge. O estilo de vida surgido na escandinávia não é novidade, mas voltou à tona desde que a Noruega (seguida da Dinamarca e da Islândia) foi considerada o país mais feliz do mundo de acordo com o relatório anual da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil ficou em 22º lugar no ranking, que leva em conta fatores econômicos, sociais e políticos.

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“A ideia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada.”

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“Um dos mais influentes psicanalistas da Inglaterra, autor de dez livros e editor da nova tradução da obra de Sigmund Freud (1856-1939), Adam Phillips, mais parece um profeta do que um homem da ciência. Pelo menos essa é a ideia que se tem depois de ler a entrevista que ele concedeu à revista Veja em 12 de março de 2003, “Páginas amarelas”), mas que sete anos depois me parece atualizadíssima as questões erguidas por ele, da qual se extraíram as dez denúncias abaixo numeradas:

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Liberte-se de gastos desnecessários

Educadora financeira propõe reflexão sobre nossos verdadeiros valores pessoais para poupar e, assim, realizar sonhos.

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O que você consome diz quem você é. Ou pelo menos deveria ser assim quando se busca equilíbrio nos seus gastos. Coautora do livro recém-lançado Liberdade Financeira ao Alcance de Todos (Senac), Andyara de Santis defende outra forma de pensar a educação financeira. Segundo ela, aproveitamos melhor nosso dinheiro se ele estiver alinhado aos nossos valores de vida e a quem realmente somos.

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‘Temos que lutar por uma sociedade que priorize viver e não trabalhar’, diz Mujica no Paraná

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O ex-presidente e atual senador uruguaio José “Pepe” Mujica participou nesta quarta-feira (27) do seminário Democracia na América Latina, promovido pelo Laboratório de Cultura Digital da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Na ocasião, Mujica defendeu uma mudança na cultura para que a democracia vá além de discussão sobre gerar empregos, crescimento econômico e competitividade.

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Dormir pouco pode causar doenças mentais

Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida não acabam quando o dia começa. alarm-clock-590383_1920

Olheiras, fadiga, olhos secos, dificuldade de se concentrar e irritação são algumas das respostas do corpo à privação de sono. A qualidade do sono impacta diretamente nossa saúde física e mental. A insônia, inclusive, é um sintoma comum em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e distúrbios de atenção.

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Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte II

Fizemos uma entrevista com M. , uma bancária de 28 anos, que enfrenta a Síndrome de Burnout há mais de um ano. Na primeira parte ela nos contou como desenvolveu a doença. Nessa segunda parte, ela nos conta sobre os sintomas e em como sua vida foi afetada.

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M: Acordei um dia e não consegui levantar da cama. Falei com minha parceira e ela ligou para um amigo meu, que estava afastado há um ano e meio (ele foi afastado logo no inicio da fusão). Que se tratava por causa do estresse. Ela ligou os pontos, porque eu não conseguia conversar mais, de tão forte que meu estresse estava. Só brigava com ela, com minha mãe. Explodia com qualquer coisa.

Ela entrou em contato com ele e ele conseguiu me trazer na doutora (Deborah).

Logo no começo da conversa ela falou de síndrome de Burnout. Eu nunca tinha ouvido falar.

Ela pediu pra eu ler sobre, e ver se identificava algum sintoma. Ai foi um choque: sou eu.

Quando descobri fiquei pior que eu estava. Mas tive um alivio, porque descobri o que tinha. Mas fiquei envergonhada, com medo, diminuída. È um choque você fazer parte daquela realidade.

Redação: Daquela que até você tinha preconceito.

M: Exatamente!

Redação: E você foi afastada quando?

M: A doutora já me afastou. Por quinze dias e assim por diante.
E aquilo pra mim era o cúmulo. Eu, afastada?

Sentia vergonha demais, dos amigos da família.

Eu tinha preconceito, e todo mundo teve preconceito também.

As pessoas não tem informação sobre isso (Burnout).

E muitas pessoas que têm esse preconceito, sofrem disso, como eu.
A vida do paulistano,  a forma que vivemos, ônibus lotado, isso gera síndrome do pânico e nem enxergamos isso.

Eu precisei chegar no fundo do poço, não querer viver e nem mais nada, pra eu me reerguer aos poucos. E agora sei conviver com isso.

Redação: Como foi o tratamento?

M: No começo eu hibernei. Fiquei seis meses no meu quarto. A doutora disse pra eu dormir, comer e fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser.
Já tinha me afastado de todos meus amigos. Demorei mais de um ano pra conseguir dormir direito. E voltar conversar com eles.

Depois de uns seis ou oito meses comecei a descobrir o que mais eu tinha (por conta do estresse). Descobri incontinência urinária e que estava com uma protrusão na coluna.

Não sabia que o estresse me tivesse abalado tanto.
Continuei com a terapia, comecei a fazer RPG e acupuntura.

E ainda trato até hoje a incontinência, que é o que mais me atrapalha a vida.

  • Por Felipe Gonçalvez, com consultoria da Dra. Deborah Duwe.

Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte I

A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico ligado ao estresse crônico e prolongado e a exaustão total. É um termo inglês que pode ser traduzido como “queimar por inteiro”, e é causado por um esgotamento físico, mental e emocional ligado ao mundo do trabalho.

Para entendermos este distúrbio, preparamos uma entrevista com M, que sofre com a síndrome.

Ela é bancária, tem 28 anos e está afastada de seu trabalho.

 

Redação: Boa tarde, M. Obrigado pela entrevista. Você pode começar falando do seu trabalho.

M: Boa tarde. Trabalho no banco B. Mas estou afastada.

Comecei a trabalhar no banco A, depois houve a fusão com o banco B.

E foi um momento de pressão total.

O banco A tinha uma cultura de pessoas. O banco B é venda e venda.

Redação: Visões realmente opostas.

M: Totalmente. Esse impacto acabou desencadeando coisas que estava sentindo e não sabia identificar, e só foi acumulando.

Horário de trabalho não existia. Vendia sob pressão o tempo todo. Isso foi me levando a um acúmulo de estresse absoluto, mas até então achava que isso era normal.

Que o cansaço e a exaustão eram por causa das novas funções.

Redação: Qual foi a gota d´água?

M: Eu não tinha paciência com ninguém e nem com nada, mas achei que era apenas o meu jeito. Então teve um dia que eu simplesmente não consegui sair da cama.

Antes disso, quando ia trabalhar, sentia dor de estômago, dores de cabeça, começava a suar, tremer ao chegar lá, me sentia muito mal. Comecei a ter problemas na coluna, chegava no banco e a coluna travava. Era impressionante. Começou a me afetar tanto físico quanto psicologicamente.
Teve um dia que simplesmente não consegui levantar da cama. Não quis saber de nada e de ninguém e só não quis levantar.

Redação: Foi a fusão que causou isso, ou você já estava em estado de estresse há um tempo?

M: Já vinha. Não foi uma coisa que aconteceu de repente. É um acúmulo de coisas.

Você deixa de cuidar de você. Tinham as happy hours, e as coisas perdiam o sentido. Bebíamos pra nos acalmar, pra esquecer. Era uma fuga.

Redação: Quanto tempo depois da fusão você chegou em burnout?

M: creio que um ano depois, mais ou menos. Achei que o estresse fosse por conta da mudança, não achei que fosse nada mais grave, e já estava bastante estressada na época. E é engraçado, vi vários colegas adoecerem e achava até que era corpo mole. Nunca me imaginei no outro lado.

 

Abordaremos em seguida os sintomas, e as implicações causadas pela síndrome, na segunda parte da entrevista.

 

  • Por Felipe Gonçalvez, com consultoria da Dra. Deborah Duwe.