Empresas suecas testam jornada de seis horas

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Erika Hellstron termina o trabalho no escritório às 15h30 e vai fazer uma caminhada em uma floresta que cerca a cidade onde ela mora.

A diretora de arte de 34 anos costumava ter turnos de trabalho longos e irregulares quando trabalhava como freelancer. Agora ela trabalha para uma das primeiras start-ups estabelecidas na Suécia a oferecerem um turno de trabalho de seis horas por dia.

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Pesquisa diz que trabalhar home office traz mais produtividade

foto por Alejandro Escamilla

foto por Alejandro Escamilla

Entre os profissionais brasileiros que trabalham de casa, 49% sentem menos estresse, 45% dirigem menos, 33% dormem mais e 52% têm mais tempo para a família. A constatação faz parte do estudo Global Evolving Workforce (Força de Trabalho em Evolução), patrocinado pela Dell e Intel, e que entrevistou 5 mil profissionais de pequenas, médias e grandes empresas de 12 países, para identificar tendências em relação aos ambientes de trabalho e como as tecnologias têm impactado esse cenário.

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Burnout: síndrome afeta mais de 15% dos docentes

Exaustão emocional, baixa realização profissional, sensação de perda de energia, de fracasso profissional e de esgotamento. Estes são os principais sintomas de pessoas que sofrem da síndrome de Burnout. A pessoa é consumida física e emocionalmente pelo próprio objeto de trabalho. Daí o termo burnout – do inglês burn (queima) e out (para fora, até o fim). A doença acomete profissionais de várias áreas, mas seu diagnóstico é mais freqüente em profissões com altas demandas emocionais e que exigem interações intensas, como é o caso, por exemplo, dos professores e dos profissionais de saúde.

foto por sxc

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Uma pesquisa realizada pela psicóloga Nádia Maria Beserra Leite, da Universidade de Brasília (UNB), com mais de oito mil professores da educação básica da rede pública na região Centro-Oeste do Brasil revelou que 15,7% dos entrevistados apresentam a síndrome de Burnout, que reflete intenso sofrimento causado por estresse laboral crônico. “A enfermidade acomete principalmente profissionais idealistas e com altas expectativas em relação aos resultados do seu trabalho. Na impossibilidade de alcançá-los, acabam decepcionados consigo mesmos e com a carreira”, explicou.

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Por que as empresas perdem seus melhores talentos?

Muitas empresas parecem viver um estágio de letargia, de hibernação. Durante meses, algumas vezes anos, envoltas em seu dia a dia acabam negligenciando um dos principais fatores de sucesso das empresas, GENTE! Costumo dizer que nenhuma empresa é maior ou melhor que as pessoas que nela trabalham, os colaboradores dão um duro danado todos os dias.

Foto por John Kovacich

Foto por John Kovacich

 Então porquê as empresas perdem seus melhores talentos a todo o momento? Por que a motivação some repentinamente favorecendo o não atingimento de metas e ganhos de mercado?

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Estamos trabalhando demais – 80% dos brasileiros estão estressados

Sim, as demandas estão levando os trabalhadores brasileiros ao trabalho excessivo e, consequentemente, a um nível de estresse bem alto.  Durante a correria do dia a dia, é difícil imaginar alguém que nunca tenha passado por uma situação de estresse e sentido um dos sintomas da doença. Mas é comum as pessoas não darem importância para esses avisos, procurando ajuda somente quando o estresse crônico já provocou alguma doença mais grave.

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Os sinais mais comuns do estresse são: batimento cardíaco acelerado, dores na região do estômago, tensão muscular constante, insônia e respiração ofegante. De acordo com a International Stress Management Association, ISMA, o problema afeta 80% da população brasileira, sendo que 30% está em nível crítico – quando o estresse é crônico e já acarreta outras doenças.

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Pressão por Metas e Estresse são Principais Causas de Doenças entre Bancários

São Paulo – Estudo divulgado em 2011 pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), aponta o estresse e a pressão para cumprir metas de produtividade exigidas pelas empresas como os principais fatores de adoecimento da categoria. A apresentação ocorreu durante o Seminário Internacional de Saúde dos Bancários, na capital paulista.

De acordo com a pesquisa “Visão da organização do trabalho e do ambiente de trabalho bancário na saúde física e mental da categoria”, 84% dos trabalhadores entrevistados já tiveram algum problema de saúde com uma frequência acima do normal.

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Laerte sobre a vida corporativa.

A principal reclamação é em relação ao estresse, relatado por 65% dos bancários, em sua maioria jovens. Mais da metade, 52%, afirmou ter dificuldade para relaxar e manter-se preocupado com o trabalho. A sensação de cansaço e fadiga acomete 47% deles e 40% afirmam sentir dor ou formigamento nos ombros, braços e mãos. Os dados confirmam que os trabalhadores do ramo financeiro estão entre as categorias que mais adoecem mental e fisicamente.

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Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte II

Fizemos uma entrevista com M. , uma bancária de 28 anos, que enfrenta a Síndrome de Burnout há mais de um ano. Na primeira parte ela nos contou como desenvolveu a doença. Nessa segunda parte, ela nos conta sobre os sintomas e em como sua vida foi afetada.

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M: Acordei um dia e não consegui levantar da cama. Falei com minha parceira e ela ligou para um amigo meu, que estava afastado há um ano e meio (ele foi afastado logo no inicio da fusão). Que se tratava por causa do estresse. Ela ligou os pontos, porque eu não conseguia conversar mais, de tão forte que meu estresse estava. Só brigava com ela, com minha mãe. Explodia com qualquer coisa.

Ela entrou em contato com ele e ele conseguiu me trazer na doutora (Deborah).

Logo no começo da conversa ela falou de síndrome de Burnout. Eu nunca tinha ouvido falar.

Ela pediu pra eu ler sobre, e ver se identificava algum sintoma. Ai foi um choque: sou eu.

Quando descobri fiquei pior que eu estava. Mas tive um alivio, porque descobri o que tinha. Mas fiquei envergonhada, com medo, diminuída. È um choque você fazer parte daquela realidade.

Redação: Daquela que até você tinha preconceito.

M: Exatamente!

Redação: E você foi afastada quando?

M: A doutora já me afastou. Por quinze dias e assim por diante.
E aquilo pra mim era o cúmulo. Eu, afastada?

Sentia vergonha demais, dos amigos da família.

Eu tinha preconceito, e todo mundo teve preconceito também.

As pessoas não tem informação sobre isso (Burnout).

E muitas pessoas que têm esse preconceito, sofrem disso, como eu.
A vida do paulistano,  a forma que vivemos, ônibus lotado, isso gera síndrome do pânico e nem enxergamos isso.

Eu precisei chegar no fundo do poço, não querer viver e nem mais nada, pra eu me reerguer aos poucos. E agora sei conviver com isso.

Redação: Como foi o tratamento?

M: No começo eu hibernei. Fiquei seis meses no meu quarto. A doutora disse pra eu dormir, comer e fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser.
Já tinha me afastado de todos meus amigos. Demorei mais de um ano pra conseguir dormir direito. E voltar conversar com eles.

Depois de uns seis ou oito meses comecei a descobrir o que mais eu tinha (por conta do estresse). Descobri incontinência urinária e que estava com uma protrusão na coluna.

Não sabia que o estresse me tivesse abalado tanto.
Continuei com a terapia, comecei a fazer RPG e acupuntura.

E ainda trato até hoje a incontinência, que é o que mais me atrapalha a vida.

  • Por Felipe Gonçalvez, com consultoria da Dra. Deborah Duwe.

Entrevista Sobre a Síndrome de Burnout – Parte I

A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico ligado ao estresse crônico e prolongado e a exaustão total. É um termo inglês que pode ser traduzido como “queimar por inteiro”, e é causado por um esgotamento físico, mental e emocional ligado ao mundo do trabalho.

Para entendermos este distúrbio, preparamos uma entrevista com M, que sofre com a síndrome.

Ela é bancária, tem 28 anos e está afastada de seu trabalho.

 

Redação: Boa tarde, M. Obrigado pela entrevista. Você pode começar falando do seu trabalho.

M: Boa tarde. Trabalho no banco B. Mas estou afastada.

Comecei a trabalhar no banco A, depois houve a fusão com o banco B.

E foi um momento de pressão total.

O banco A tinha uma cultura de pessoas. O banco B é venda e venda.

Redação: Visões realmente opostas.

M: Totalmente. Esse impacto acabou desencadeando coisas que estava sentindo e não sabia identificar, e só foi acumulando.

Horário de trabalho não existia. Vendia sob pressão o tempo todo. Isso foi me levando a um acúmulo de estresse absoluto, mas até então achava que isso era normal.

Que o cansaço e a exaustão eram por causa das novas funções.

Redação: Qual foi a gota d´água?

M: Eu não tinha paciência com ninguém e nem com nada, mas achei que era apenas o meu jeito. Então teve um dia que eu simplesmente não consegui sair da cama.

Antes disso, quando ia trabalhar, sentia dor de estômago, dores de cabeça, começava a suar, tremer ao chegar lá, me sentia muito mal. Comecei a ter problemas na coluna, chegava no banco e a coluna travava. Era impressionante. Começou a me afetar tanto físico quanto psicologicamente.
Teve um dia que simplesmente não consegui levantar da cama. Não quis saber de nada e de ninguém e só não quis levantar.

Redação: Foi a fusão que causou isso, ou você já estava em estado de estresse há um tempo?

M: Já vinha. Não foi uma coisa que aconteceu de repente. É um acúmulo de coisas.

Você deixa de cuidar de você. Tinham as happy hours, e as coisas perdiam o sentido. Bebíamos pra nos acalmar, pra esquecer. Era uma fuga.

Redação: Quanto tempo depois da fusão você chegou em burnout?

M: creio que um ano depois, mais ou menos. Achei que o estresse fosse por conta da mudança, não achei que fosse nada mais grave, e já estava bastante estressada na época. E é engraçado, vi vários colegas adoecerem e achava até que era corpo mole. Nunca me imaginei no outro lado.

 

Abordaremos em seguida os sintomas, e as implicações causadas pela síndrome, na segunda parte da entrevista.

 

  • Por Felipe Gonçalvez, com consultoria da Dra. Deborah Duwe.