Até setembro deste ano, 27 mil docentes se afastaram do trabalho por questões comportamentais;
O número de professores afastados por transtornos mentais ou comportamentais nas escolas estaduais de São Paulo quase dobrou em 2016 em relação a 2015: foi de 25.849 para 50.046. Segundo dados obtidos pela Globonews, por meio da lei de acesso à informação, até setembro de 2017, 27.082 professores se afastaram.
O número de 50 mil afastados em 2016 representa 37% do total das licenças médicas pelas mais diversas causas.
Agressões físicas, verbais e até ameaças atingem professores em todo os estados de São Paulo. Um programa da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo treinou profissionais para mediar os conflitos na rede pública do estado.
“Aqui na secretaria nós não entendemos q a repressão é o melhor caminho. Os problemas que acontecem dentro da escola merecem um tratamento pedagógico, afirma o chefe de gabinete da Secretaria, Wilson Levy.
Uma professora de inglês do Ensino Médio foi agredida por um aluno após pedir para que ele fizesse as atividades pedidas. Ele ficou bravo e reagiu. O prontuário dele era de mais de 100 páginas, relatando as agressões. “Quando eu voltei à escola, eu tive diversos picos de abrir o meu armário e começar a tremer inteira, a chorar, eu sem condições de entrar em aula, de ter que ir embora. Foi quando, na verdade, eu tive que pedir ajuda psiquiátrica”, conta Andrea Sá.