Como encontrar motivação em um cenário como esse?
(Leia a primeira parte dessa matéria aqui)
A boa notícia é que algumas organizações estão preocupadas com o bem estar de seus funcionários, e não somente porque são “boazinhas”, mas sim porque perceberam a clara relação entre produtividade e felicidade.
E felicidade está relacionada ao conceito de qualidade de vida no trabalho.
As corporações começam a ver o desempenho melhorar e as faltas e licenças médicas diminuírem quando passam a investir em programas de qualidade de vida no trabalho.
A verdade é que, na sociedade atual, o trabalho é visto não só como ganha-pão, mas sim como fonte de realização.
Os funcionários mais motivados são os que enxergam oportunidades de crescimento e encontram meios de conciliar sua vida profissional e pessoal; não necessariamente aqueles com os maiores salários.
Mas você deve estar se perguntando: o que essas empresas estão fazendo na prática para transformar seus empregados em pessoas mais felizes e satisfeitas?
Veja abaixo o que grandes companhias como Google, Procter&Gamble e HP (que já foram parte do ranking das melhores empresas para se trabalhar da Revista Exame) estão fazendo para promover a qualidade de vida no trabalho.:
- Flexibilidade de horários de entrada e saída (principalmente para funcionários com filhos)
- Foco na meta e não no processo
- Licença maternidade remunerada de 6 meses e não remunerada de um ano
- Trabalho desafiador
- Bom clima organizacional
- Foco no cliente
- Home Office se a função permitir
Uma nova abordagem para empresas 100% virtuais
Como vimos anteriormente, uma das características das empresas que se preocupam com a qualidade de vida no trabalho é oferecer a possibilidade de se trabalhar em casa.
E nessa situação, não é só o funcionário que acaba sendo beneficiado.
Recentemente, o Banco do Brasil decidiu fazer um experimento com 100 de seus empregados trabalhando diretamente de casa.
A motivação inicial, no entanto, não foi a promoção da qualidade de vida no trabalho, mas sim uma redução de 17% nos gastos com energia e aluguel.
Sem falar, é claro, no ganho de 15% na produtividade de cada colaborador remoto, segundo estudo feito pelo próprio Banco.
E por que a produtividade aumenta no sistema Home Office?
O mais óbvio é que não perde-se tempo em deslocamentos. Nada de ficar parado no trânsito ou ter que enfrentar ônibus ou metrô lotados.
Outra é que, o horário é mais flexível, dando a oportunidade de se trabalhar em seu momento mais produtivo ou de fazer outras atividades, como buscar seus filhos na escola.
E por último, um ambiente mais tranquilo e sem interrupções de telefones e colegas, também afeta positivamente a produtividade.
Felizmente, cada vez mais empresas estão decidindo adotar a política de home office por reconhecerem seus benefícios.
Aproximadamente 34% da população mundial já trabalha em algum tipo de atividade home-based. São quase 1.19 bilhão de pessoas, de acordo com a Customer Contact Strategies.
No Brasil apenas 14% das grandes corporações oferecem a possibilidade de trabalho remoto para alguns funcionários e em alguns dias da semana, segundo dados da Top Employers Institute.
Ainda assim é um grande avanço em prol de mais qualidade de vida no trabalho.
Além das questões trabalhistas serem uma barreira para que mais empresas abracem de vez o home office, ainda existe muita relutância por parte dos chefes.
Mesmo com cada vez mais estudos provando o contrário, muita gente ainda acredita que trabalhar de casa (e em alguns casos, de pijama), pode ser prejudicial para produtividade.
Evidente que, sem disciplina, o home office pode acabar comprometendo seu rendimento. Então é sempre necessário fugir das muitas distrações para se manter produtivo.
E se você souber administrar bem suas tarefas, não se distrair e principalmente realizar um trabalho motivador, o sucesso será garantido.
Fonte: Henrique Carvalho para Viver de Blog - Foto da Capa: Rudy & Peter Skitterians para Pixabay