Antes de perder a linha com o próximo, aposte neste guia para um caminho de paz e menos conflitos
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Domine suas reações corporais – Se a respiração acelerou, os músculos enrijeceram e a frequência cardíaca aumentou, talvez seja a hora de sair da sala, pegar um copo d’água e voltar ao diálogo mais tarde. Assim, você evita mais estresse. “É importante conhecer os limites para ter disciplina e parar antes de explodir”, diz Ana Maria Rossi, doutora em psicologia e presidente da filial brasileira da Isma (International Stress Management Association). De acordo com ela, a cabeça precisa de um tempo para voltar ao lugar, acionar o pensamento racional e até conseguir avaliar o custo-benefício da discussão.
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Não permita manipulações – Durante uma discussão já acalorada, aquela cutucada a mais pode ser a faísca de um incêndio, sobretudo se o tema da conversa envolve questões pessoais ou políticas. Não se deixar levar pela manipulação emocional é uma tarefa difícil, mas necessária, segundo Rossi – afinal, quando alguém coloca o dedo na nossa ferida, o estresse é certo. Por isso, se há divergência de opinião e o diálogo não parece seguir um caminho produtivo e racional, puxe o freio de mão. Respire fundo e não entre na onda.
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Preste atenção no outro – Assim como é preciso aprender a dominar as próprias respostas corporais ao estresse, conseguir observá-las na outra pessoa pode funcionar. “Perceber a expressão facial do outro é essencial. Ajuda a articular a própria ação de resposta”, diz Regina Montelli, psicóloga e diretora da clínica Núcleo de-stress. Talvez os sinais venham estampados no rosto ou se manifestem em movimentos repetitivos das mãos ou das pernas – independentemente da forma, o importante é captá-los e, no caso de uma tendência à agressividade, aproveitar a deixa e recuar. “Ter a capacidade de identificar esses sinais e modular a resposta de acordo com eles melhora a comunicação e a convivência entre as pessoas”, afirma Montelli.
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Busque descontrair – Em tempos incertos, o estresse e o pânico podem tomar conta das nossas ações. “Altos níveis de tensão geram atitudes mais agressivas”, explica Ana Maria Rossi. Para evitar o nervosismo, técnicas de relaxamento, meditação e yoga são boas aliadas. Além disso, não há remédio mais eficiente do que jogar conversa fora – momentos de descontração são cruciais para manter a sanidade em dia, e quem sabe até previnam a irritação desmedida com coisas pequenas.
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Largue de vez o comportamento passivo-agressivo – Às vezes é impossível controlar as respostas atravessadas, principalmente em relações com mais intimidade – exatamente onde mora o perigo. Disfarçar um sentimento negativo ou fazer comentários agressivos mascarados pela ironia pode causar problemas. “A emoção é um termômetro que nos mostra quando algo não vai bem, e é importante agirmos de acordo com ela”, explica Regina Montelli. Então, evite que o comportamento passivo-agressivo impere nos seus relacionamentos. No lugar, prefira o diálogo sincero e explique os motivos da chateação ou da raiva. Expressar os sentimentos abertamente e de maneira saudável é a chave da resolução de conflitos.
Fonte: Manuela Stelzer para Revista Gama - Foto: Florin Radu para Pixabay