O burnout pode afetar a capacidade de prestar atenção e reter memórias, dificultando o aprendizado e aumentando o risco de erros
Nos últimos dois anos, trabalhadores foram submetidos a um elevado nível de estresse. Muitos foram obrigados a estenderem sua jornada de trabalho em casa para manter a produtividade que tinham presencialmente.
O excesso de atividades desequilibrou os limites entre a vida pessoal e profissional e fez muitas vítimas da síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento mental.
Os principais sintomas que apontam o surgimento da doença são falta de energia, alterações repentinas de humor e negatividade. Segundo os especialistas da Yale School of Medicine, permanecer nesse estado por muito tempo pode causar alterações na estrutura do cérebro e enfraquecê-lo, contribuindo com o aparecimento de doenças mentais e físicas.
“O burnout te deixa facilmente irritável, desmotivado, sem esperança e auto destrutivo. Compreender como seu cérebro reage ao esgotamento pode ser útil, pois mostra às pessoas que muitas de suas reações fazem parte de um “fenômeno natural””, afirma Amy Arnsten, neurocientista da Yale em entrevista à CNN Internacional.
Recomendações
Para o grupo de estudo da Yale, o melhor caminho é cuidar de si mesmo. Se você estiver sofrendo com o esgotamento mental, tire algumas horinhas de soneca diariamente, peça folga ou ligue para dizer que está doente. Tente fazer atividades saudáveis como parte desse autocuidado, como comer alimentos sem alto teor de açúcar e praticar atividades físicas.
“As pessoas costumam buscar o álcool para aliviar o estresse, mas, na verdade, ele faz você se sentir pior no dia seguinte. Recorra as atividades mais saudáveis como exercícios e meditação, que lhe dão perspectiva”, orienta a neurocientista.