Um estudo feito com mais de 2.900 trabalhadores do Reino Unido mostra que empresas que adotaram semana de trabalho de 4 dias tiveram menos casos de burnout sem perder a produtividade.
A pesquisa coordenada pela 4 Day Week Global apontou redução de até 71% nos casos de esgotamento mental, conhecido como burnout, nas empresas. Quase 40% dos funcionários relataram que a carga horária diferente reduziu o estresse.
Ao todo, 61 empresas britânicas participaram do experimento que consistia em reduzir a jornada de trabalho em 20% sem mudança nos salários. Companhias nas áreas financeira, varejista, consultoria, habitação, TI, marketing, hotelaria e recrutamento participaram e adotaram o novo sistema por seis meses, entre junho e dezembro de 2022.
Ao final, 95% das empresas afirmaram que não identificaram diferença na produtividade dos funcionários, além delas terem tido um índice de pedidos de demissão 57% menor do que no ano anterior. Segundo a pesquisa, 96% dos empregados disseram que gostariam de continuar no modelo da semana de quatro dias.
Diferentes modelos adotados
As companhias não eram obrigadas a seguir a mesma regra sobre a duração da semana e podiam adotar medidas diferentes como algum dia da semana livre, carga horária pela metade ou até mesmo variação de semana em semana.
Um dos pontos identificados foi que funcionários que eram pais valorizaram uma folga no meio da semana, já que poderiam economizar um dia na creche ou com babás.
Questionados sobre o que realizavam em seu dia adicional de folga, muitos funcionários afirmaram que faziam tarefas essenciais da casa, como comprar alimentos, ir ao médico ou fazer pequenos reparos para ter o fim de semana livre para o lazer.
Fonte: Bruno Pavan para Isto É Dinheiro – Foto: Freepik