“A era do ‘funcionário bom é funcionário estressado’ está acabando”

Especialista em medicina comportamental, Ricardo
Monezi fala sobre o esgotamento profissional chamado
de burnout, mal que ataca indivíduos e empresas

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Metas a serem batidas a todo e qualquer custo, pressão por entrega de resultados, estresse como demonstrativo de comprometimento, horas extras como sinal de dedicação. E, no final, a falta de reconhecimento do chefe. Parece uma descrição do que um ambiente corporativo nunca deveria ser. Mas, infelizmente, descreve a realidade do que ele foi por muitos anos — e ainda é — em muitas empresas brasileiras. E uma das consequências mais graves foi o diagnóstico frequente nos últimos anos de funcionários com uma síndrome que vai além do estresse, depressão e ansiedade — e que, na verdade, pode unir tudo isso. Trata-se do burnout, o esgotamento profissional profundo. Ele pode se refletir em vários aspectos da vida pessoal, levar a doenças sérias, como desenvolvimento de tumores, e até ao suicídio.

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9 passos para fazer um detox emocional e se livrar de angústias

Combater a toxicidade de sentimentos como ansiedade, raiva, frustração, medo e mágoa traz de volta o equilíbrio

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A palavra que melhor traduz os tempos atuais talvez seja esta: esgotamento. Estar na vida não é missão fácil, requer os canais abertos para aprender, ensinar, produzir, interagir com o outro e com o ambiente. Como essas demandas só crescem, temos que nos desdobrar na tentativa de responder a todas, com a atenção migrando de foco o tempo inteiro. No final de um dia típico – com dinheiro curto, problemas no trânsito e no trabalho, nas relações com os filhos e com o parceiro –, a sensação é a de ter abrigado doses de ansiedade, impotência e frustração muito maiores do que podemos administrar.

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Confiar na incerteza

O que faz uma pessoa feliz é, antes de tudo, a construção de relações significativas. Mas com o passar dos anos fui entendendo que existe uma outra fonte poderosa de felicidade

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Eu tinha 34 anos quando me separei pela primeira vez na vida. Éramos casadas há quase dez e junto com a convicção de que o casamento havia acabado veio uma outra igualmente forte: eu não poderia deixar que ela saísse da minha vida. Me parecia bastante óbvio que tínhamos construído uma relação cheia de significado e eu intuí que esse tipo de riqueza a gente não deixa ir embora, mesmo que durante um período tenhamos que batalhar para que os laços românticos que se rompem com uma separação não levem com eles os de amizade e afeto e respeito e admiração.

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Neurocientista do MIT tem uma receita infalível para o estresse

Para Tara Swart, a ciência provou que conviver durante muito tempo com incertezas reduz a produtividade

Tara Swart: deve-se tomar mais água e andar antes de reuniões importantes (Vianney Le Caer/Rex/Shutterstock)

Tara Swart: deve-se tomar mais água e andar antes de reuniões importantes (Vianney Le Caer/Rex/Shutterstock)

Em meio a qualquer crise, ninguém escapa à rotina de incertezas. Eis uma receita infalível para o estresse.  “A sensação de falta de controle faz o organismo produzir o hormônio cortisol em maior quantidade”, diz a psiquiatra britânica Tara Swart.

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Estresse: quando a faculdade vira “máquina de moer gente”

Universidades devem prestar maior atenção à situação física e emocional de seus alunos, defende estudo

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Páginas populosas de universitários nas redes sociais e memes que viralizam fazendo humor com a sobrecarga de trabalho a que este grupo é submetido, principalmente na época de provas e entregas de trabalho. As brincadeiras tentam cumprir um papel de válvula de escape para a tensão. Mas a despeito delas, o estresse pode ser um problema sério na vida de quem estuda.

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7 atitudes para mudar as coisas na prática

Na busca por um mundo melhor, é preciso menos combate e mais criação

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Apesar da confusão política e econômica que estamos vivendo no Brasil e no mundo, acredito que existem razões para otimismo. Afirmo isso porque vejo cada dia mais pessoas querendo trabalhar em prol da criação de um mundo melhor. Para essas pessoas, está cada vez mais claro que a crise não será resolvida se continuarmos utilizando os modelos que nos trouxeram até aqui. Elas acreditam que o momento em que vivemos pede a proposição de novos caminhos para substituir os atuais paradigmas em suas mais variadas dimensões.

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A depressão de domingo à noite – Leandro Karnal

 

Leandro Karnal (São Leopoldo, 1º de fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, atualmente professor da UNICAMP na área de História da América. Foi também curador de diversas exposições, como A Escrita da Memória, em São Paulo, tendo colaborado ainda na elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.

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Estresse, desmotivação, irritação: conheça o burnout, síndrome do esgotamento profissional

Pressão, falta de confiança entre os colegas, jornadas longas e discrepância entre expectativas do trabalhador e o que é exigido podem levar ao desgaste emocional e físico

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Todas as manhãs, ao acordar, a sensação ainda é de cansaço. Parece que as noites de sono não são reparadoras. Sem entender o que está acontecendo e com um sentimento de angústia que se arrasta há dias, ela procura um médico. Nada de errado aparece nos exames, e a orientação é descansar. Antes de chegar ao trabalho, vários minutos dentro do carro. Só de pensar em entrar no escritório, a ansiedade já aparece. Lá dentro, não consegue se concentrar. Nos primeiros cinco minutos, irrita-se demais porque o computador demora a ligar. Antes mesmo de começar as tarefas do dia, sabe que não terá tempo suficiente para terminá-las, como acontece sempre. Para piorar a situação, o novo sistema do banco de dados, essencial para o trabalho, é difícil de entender. Queixa-se de pouca autonomia, mas não consegue conversar com os colegas ou com o chefe sobre isso. Começa a notar que fica horas sem poder ao menos sentar para tomar um café com eles, pois todos estão sempre muito ocupados. Decide fazer o mínimo possível para entregar o que precisa. Afinal de contas, “o que eu faço aqui não importa a ninguém mesmo”. E pergunta-se: “O que é que estou fazendo aqui?”.

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A importância de ficar à toa

O neurocientista Andrew Smart mostra, por meio de pesquisas com o cérebro, que, além de ajudar na criatividade, o ócio faz bem para a saúde e é fundamental para o autoconhecimento

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Quanto mais manuais se vendem sobre foco e produtividade, menos tempo livre parecemos ter. Será que estamos andando na direção errada? Essa é uma das perguntas levantadas pelo neurocientista americano Andrew Smart, de 39 anos, pesquisador da Universidade de Nova York. O interesse pela questão do foco e do gerenciamento do tempo veio após um estudo que fez propondo uma terapia não-medicamentosa para jovens com déficit de atenção.

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